Aquela hora em que você quer agarrar a sua história é a mesma hora em que ficam as sensações confusas sobre quem é quem…
Sem ter muita resposta, começa a seguir as pistas e criar suas próprias conclusões…
Essa é a hora em que percebe como é fácil criar conexões (quando faz algum sentido). Como é natural o contato e o convívio (quando é conveniente). Nessa hora é que tudo flui naturalmente.
Aquela hora em que quer agarrar a sua história é quando entende que, se for separar os grupos, vai sobrar você. Como quando a professora de Educação Física pedia para dividirem-se em times e o mais fraco, mais devagar, menor ficava sempre por último numa turma ímpar…
Essa é a mesma hora em que vai tentar ter suas narrativas congruentes, coerentes, independentes. Passando um tempo vai ver que há poucos caminhos a seguir. Você quem não fez nada diferente.
Talvez reste reservar um minuto de silêncio, guardar as suas impressões e percepções para si, guardar no pensamento, no papel, em um vídeo, nas suas anotações. Ou talvez… o melhor fosse mesmo tentar não guardar em lugar algum. Seguir em frente como se estivesse tudo ok.
Quando você se pergunta quem é quem e não escuta a resposta é o mesmo momento em que se pergunta quem é você e fica sem palavras.
Porque você só é na presença de outros. Sozinho, acaba por se deparar com tudo aquilo que tentou evitar: seus arrependimentos, seu erros, sua presunção, seus excessos…
Quem é quem?
Foto: Arseny Togulev