“Como o mundo é pequeno…” Provavelmente você já deve ter ouvido essa frase. Com toda a tecnologia disponível atualmente para se comunicar e obter informações, parece que ele tem ficado menor ainda. Quando temos a oportunidade de estar fisicamente onde queremos, sentimos que somos donos dele, que podemos tudo. Estamos enganados.
Neste ano fui à Ilha Grande, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Uma ilha incrivelmente adorável.
Lá não há circulação de carros, podemos ver siris andando pelas ruas e há muitos estrangeiros, que vão para “turistar” ou até mesmo para morar. Tudo na ilha respira boas energias. Um lugar de encontro com o outro e consigo mesmo.
Todas as experiências vividas lá foram inesquecíveis. O lugar é recheado de belas praias, trilhas e cachoeiras, sem contar um presídio muito antigo que agora está desativado. Mas uma coisa me chamou mais a atenção.
Por onde eu passada, tentava observar tudo com “outros olhos”. Eu tentava me colocar no lugar daquelas pessoas e compreender um pouco sobre elas, suas expectativas, seus medos e suas alegrias.
Em uma das noites, estávamos na rua assistindo uma apresentação musical. Enquanto eu e meu marido conversávamos observa os casais dançando e as demais pessoas que por ali passavam. Mirei firmemente todos que estavam por perto em busca de tirar alguma conclusão sobre a cena, imaginando quais os aprendizados poderia tirar de tudo aquilo. Mas algo me prendeu a atenção: a lua.
Desviei o olhar para ela e simplesmente fiquei ali, por alguns segundos observando, sem dizer uma palavra. Lembrei-me da lua que vejo sempre pela cozinha do meu apartamento, em uma cidade do interior. Pensei que, mesmo que eu estivesse a mais de 200 km de distância de casa, a lua continuava a mesma: cheia, impecável e superior a tudo o que nós sentimos e vivemos aqui na terra. Refleti sobre o meu tamanho e sobre a grandeza do mundo e do universo. O que somos, afinal? Qual a razão de estarmos aqui?
Tantas pessoas se vangloriam com arrogância sobre ter condições financeiras de conhecer o mundo… Eu me orgulho por me conhecer e saber que não importa até onde eu consiga ir, eu sempre serei pequena demais.
Meu sonho é conhecer o mundo sim, mas que isso sirva para dar valor àquilo que sou e tenho. Quero viver muitas experiências, mas também quero senti-las intensamente. Quero fotografar todos os momentos, mas quero guardar boas lembranças no coração.
Foto: Malith d Karunarathne
4 Comentários. Leave new
Parabéns minha sobrinha , orgulho de vc
Obrigada tia 🙂 Beijosss
Sou amiga da sua mãe! Adorei ter contato com seus escritos. Parabéns!!
Obrigadaaaa 😍