Os extraterrestres estão por aqui, em todos os lados
Gosto da ideia de pensar nos humanos como se eu não fosse um deles, como se estivesse analisando os comportamentos dos terráqueos, sem fazer parte da espécie. É por isso que os discos voadores e o universo, volta e meia, aparecem por aqui.
Gosto de me colocar neste papel, de um observador que vê tudo como novo, que tenta descobrir o porquê do Mundo ser como é e das razões de seus habitantes fazerem o que fazem.
Penso que assim, me distancio do ‘problema’. Coloco-me à parte, saio da ilha para observá-la.
Em vão.
Acabo jogando contra mim mesma, contra a minha própria natureza.
Coloco-me do lado ‘adversário’, acreditando que sou uma boa impostora. Mas é claro que eu não engano um ser inteligente sequer.
Qualquer um consegue ver as provas que eu mesma largo para trás contra mim, contra as minhas suposições, com as minhas palavras cheias de contradições.
Os extraterrestres estão por aqui, em todos os lados. Dentro de ideias curiosas, cheias de teorias e espírito explorador, prontos para tentar encontrar alguma lógica no que é visto.
Talvez pudessem achar um pouco de graça das desgraças nas quais nos colocamos, nas necessidades que inventamos e na quantidade de coisas intangíveis que somos capazes de criar e fazer acreditar uma grande quantidade de seres.
Quando chegam os aliens, talvez eles também sejam convencidos sobre as histórias que contamos sobre nós. Talvez eles tenham coisas ainda mais curiosas a nos contar sobre as ideias que eles andam tendo sobre eles mesmos.
Arrisco dizer que há ao menos um deles que se coloque no papel de um humano para analisar a sua espécie a uma distância segura de sua natureza. A isso ele dá o nome de ideias humanistas…
Foto: Danie Franco, Unsplash