Tudo à nossa volta é banal. Nada muito especial acontece de fato.
As informações comuns não abalam a rotina.
Os acontecimentos não afetam o humor.
O mundo é feito de apatia. Nada acontece de extraordinário.
Nada é surpreendente,
não temos de ficar maravilhados pelo que nos cerca.
Observamos a vida passar sem grandes admirações.
Comum, normal…
Seria até brega ficar entusiasmado com coisas tão…
Simples
Um poema nada mais é que uma junção de frases rimadas, separadas ou não em estrofes.
A música é um ritmo diferente para as palavras. São ondas sonoras em harmonia.
O som nada mais é que uma sensação auditiva que nossos ouvidos são capazes de detectar.
É biológico.
No fundo, estamos apenas rodeados de coisas organizadas de um jeito com alguma lógica.
Não, espera!
Nada na vida pode ser assim tão banal, em vão.
Tudo é de fato surpreendente.
Afinal, só o fato de estarmos aqui já é um milagre. Uma sorte enorme.
O som, o cheiro, a forma que tudo tem não é inútil. Não pode ser inútil.
Há magia à nossa volta. Tem de haver!
Há milagre em cada segundo. Precisamos que haja!
O som, a poesia, a escrita, os audiovisuais, a natureza, a tecnologia…
Há muito mais sentido além daquilo que acreditamos perceber.
Uma análise diferente, uma quebra de lógica que gera uma piada, uma melodia com poucas palavras.
Há beleza nas coisas simples. Por que raios não haveria de haver?
Tudo é extraordinário. Há beleza em cada canto.
Há beleza na banalidade.
Foto: Annie Spratt, Unsplash