O objetivo da vida é a busca por um novo nível de consciência…
Eu ouvi isto há alguns dias no programa ‘Provoca’, apresentado pelo Marcelo Tas na TV Cultura.
Não me lembro se foi na entrevista com o Matheus Nachtergaele ou Clóvis de Barros Filho. Talvez tenha sido nenhum deles.
Se bem que… eu acho que qualquer um dos dois não discordaria de tal afirmação.
(Pode ter sido também o humorista Paulo Vieira.)
A frase, na verdade, já não era nova para mim.
Já a ouvi diversas vezes na cozinha de casa, enquanto bebia vinho e conversava com meu marido sobre nossos planos sofisticados de fazer algo além.
Talvez não com essas palavras, mas certamente com igual sentido. A ideia foi dele:
Precisamos viver para furar bolhas.
A teoria colocada em casa é de que, em se falando em consciência, todos nós vivemos em uma bolha.
Cada uma delas está envolta de outra maior, que está envolta de outra maior e assim sucessivamente.
Cada uma delas corresponde a um nível de consciência, que é conquistado aos poucos a partir de relações familiares, de comunidade, na escola, no trabalho, nas viagens que faz, nos livros que lê, nas músicas que houve, nos erros que comete, na curiosidade aguçada.
Conforme você vai expandindo a consciência, vai estourando bolhas e chegando a outros novos níveis de consciência.
Isso significa, novos conhecimentos, novas habilidades, novos objetivos e novas expectativas.
Eu quero dizer… é uma chave virada que desperta em você outro olhar para as engrenagens que fazem o mundo girar.
Já dizia Shakespeare que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia.
Quando você consegue sair de uma bolha, só terá entrado em outra maior.
Onde terá de cavalgar firmemente em busca da nova explosão, e da nova, e da nova.
O quão longe é possível chegar?
Por isso, o nosso objetivo principal hoje de vida é furar bolhas.
É tentar buscar o que nós não sabemos ainda.
E perceber o quão ignorantes continuamos sendo, independente de quantas bolhas tivermos conseguido estourar.
Também entendemos que existem alguns conhecimentos-chave que ajudam na explosão de forma exponencial. Conhecimentos estes que nos ajudam a ter muitas outras consciências de quebra. Exemplos disso são o Inglês e outras línguas, incluindo a de Programação. São competências que, quando adquiridas, abrem-nos uma infinidade de possibilidades que sequer eram imaginadas.
Por isso, nunca me fez mais sentido aquele hábito indicado por Stephen Covey: Afine o instrumento!
Em uma vida em que o principal objetivo é furar bolhas, o objeto mais importante que se pode ter é uma agulha (das mais afiadas).
Foto: Lanju Fotografie, Unsplash