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9 reflexões (óbvias) sobre a pandemia da covid-19

9 reflexões (óbvias) sobre a pandemia da covid-19 - Adriana Neves

Eu já escrevi este texto há cerca de um ano e meio, mas eu nunca achava que era o momento certo de publicar. Talvez ele venha até tarde demais. (Ou então nunca seja o timing ideal.) Enfim, aqui estamos. Trata-se, no fundo, de uma reflexão leve a respeito do que vivemos nos últimos anos.

Já parou pra pensar que vivemos um momento histórico da humanidade? Não queria vir com as frasezinhas clichês do tipo “Ah vivemos momentos desafiadores e patati patatá…”

Mas olha, vivemos momentos muito desafiadores mesmo.

Para pra pensar:

Literalmente o mundo todo parou e foi se contornando depois. E isso só mostra o quão vulnerável somos e como temos de evoluir muito, tanto no sentido da ciência quanto como seres humanos mesmo.

Devemos ser extremamente gratos pela vida e, mais ainda, respeitosos com aqueles que se foram e que perderam alguém neste momento completamente fora de todas as previsões que se pudesse ter feito.

Então para trazer o tema de uma forma leve (e diante da minha insignificância), fiz uma lista das 9 coisas que acredito que a pandemia da covid-19 nos ensinou na marra!

Olhando em retrospecto elas até são meio óbvias, mas ok. Preciso publicar este texto em algum momento.

1. Vivemos em um mundo com realidades muito diferentes.

Enquanto pessoas passavam o lockdown em suas coberturas de luxo, outras têm apenas uma casa de dois cômodos para abrigar uma família de 7.

Enquanto algumas podem ter um período sabático e viver de seus rendimentos financeiros arrecadados até então, muitas outras pessoas não têm escolha.

Muitas, ao perderem o emprego, tiveram de se virar nos 30 para conseguir outra fonte de renda informal.

2. As pessoas não podem ficar em casa por muito tempo. Elas surtam.

Vai ainda chegar o dia em que vamos poder medir os impactos que a pandemia trouxe e que ainda vai trazer para a nossa saúde mental. Alguns sinais disso, podemos ver espalhados pela internet à fora e no mundo real.

A nossa mente não estava preparada para esta parada. Como sabemos, somos seres sociáveis que conseguimos manifestar quem somos a partir do convívio com os outros. Por isso, nunca foi tão importante tentarmos a conexão com a gente mesmo para tentar superar os desafios da nossa mente.

3. A Tecnologia está aí para ser tirado o melhor proveito dela.

Fomos obrigados a nos adaptar, trabalhar em casa, estudar com as crianças, fazer reuniões, confraternizações e até missa com transmissão ao vivo. As lives de artistas tomaram conta do Youtube e Instagram.

Empresas perceberam que não dava mais para fugir das vendas online e do delivery. Acredito que a tecnologia vai estar mais presente do que nunca.

4. Falta de tempo para se exercitar? Talvez essa não seja a melhor resposta.

Sempre tive comigo que não existe essa questão de tempo. Se não faz alguma coisa que deveria é porque não teve ainda a consciência e a motivação necessárias para fazer disso parte da sua rotina, do seu planejamento semanal e, claro, de uma meta futura.

Certamente você conhece alguém que engordou neste período de pandemia. Ou mesmo esta pessoa possa ser você.

No entanto, não podemos negar os exemplos de pessoas que foram em direção oposta e fizeram de sua sala de estar, sua academia particular e mantiveram sua rotina de exercícios. 

Não estou aqui para julgar. Quem sou eu? Já passei por várias fases neste sentido. Já fiz yoga, comecei uma dieta sem carboidrato, já realizei séries de hit, já entreguei os pontos, já tentei meditar, já voltei para a dieta e para o hit e agora fiz a aquisição de uma bicicleta ergométrica.

Tempo a gente tem, sempre teve, sempre vai ter. Mas o que você está levando em consideração na hora de selecionar o que quer fazer com ele?

5. Quer a sua casa pintada? Faça você mesmo.

Um fenômeno que pudemos notar é o DIY (Do it yourself) que nada mais é que ‘faça você mesmo’.

Descobrimos que podemos recolorir a nossa casa, cultivar o próprio jardim, consertar alguma coisinha que há tempos você só olhava e pensava ‘preciso arrumar isso mais cedo ou mais tarde’.

Por falar nisso, já está na hora de pintar a casa de novo.

6. Enquanto algumas empresas faliram, outras ganharam muito com a pandemia.

Muito se fala sobre as áreas que foram afetadas negativamente, como por exemplo as de turismo e eventos. Muitas foram obrigadas a literalmente abaixar as portas sem ter condições mínimas de se manterem sem clientes.

Mas já parou pra pensar o quanto algumas outras estão lucrando, e muito? Da tecnologia às máscaras cirúrgicas, houveram empresas que ou aproveitaram uma necessidade que cresceu naturalmente ou se reinventaram e fizeram do limão uma limonada.

7. Lavou bem as mãos ao chegar em casa e antes de comer?

Desde crianças ouvimos essa orientação… ‘Lava uma mão, lava a outra, lava uma mão. ’

Mas agora ficamos aficcionados pela ordem. O álcool em gel faz parte dos itens indispensáveis nas nossas bolsas. Será que vamos manter esse hábito ainda de forma tão rigorosa sem um imperativo?

8. Os professores não são babás.

A escola, no fundo, sempre uniu o útil ao agradável. Eu não tenho filhos, mas imagino que maravilha é o fato de você precisar que o filho esteja em um lugar seguro enquanto precisa trabalhar e recebendo a educação formal com tudo o que ‘manda a cartilha’?

Mas com as escolas fechadas, o país se depararam com o verdadeiro desafio de educar no seu sentido mais amplo.

Não que eles já não tivessem esse compromisso, mas o que me parece é que os pais redescobriram um filho que já não estavam tanto tempo assim sob as suas asas.

Perceberam o valor do professor e reconheceram a sua responsabilidade como formador de caráter de um serumaninho. Bom, se não foi isso que aconteceu, ainda dá tempo para refletir um pouquinho.

Foto: Fusion Medical Animation

9. Dê valor à sua vida!

Eu comecei a escrever este roteiro em janeiro de 2021, com a ilusão de que não demoraria muito mais para eu pudesse ter tido uma lista de ensinamentos. Estamos em 2022 e já precisei reformular o texto mais de uma vez, eliminando as expressões do passado para o presente. Mas agora parece que vai… (Que vamos poder conjugar os verbos no passado.)

Perdemos pessoas queridas, ídolos, pessoas próximas, conhecidos. E, por mais que pudéssemos tirar proveito e aprender com as mudanças pequenas que influenciam nas nossas vidas cheias de vaidade e egoísmo, a maior lição que podemos tirar é o amor à vida, a valorização do presente e a gratidão por todos os dias em que continuamos aqui.

Que seja mmelhor a cada dia.

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