Escrever é uma dádiva que eu quero alcançar, é uma arte. E eu quero ser artista!
Quero escrever como um cantor e dar ritmo às palavras. Criar sintonia e embalar ideias.
Eu nunca dei valor, mas hoje agradeço por gostar de e querer escrever. Escrevo por vários motivos: por raiva, por felicidade, por vaidade, por gratidão, por senso de injustiça…
Escrevo, porque não sei me expressar falando, para não acabar falhando nos argumentos, nas intenções e nos gestos, para não deixar o corpo falar mais que a conta.
As palavras escritas são responsáveis… Elas nos permitem um tempo de ler antes, de refletir, de reler, de mudar uma vírgula, um ponto ou o texto inteiro.
A combinação das palavras é uma coisa fascinante. Por isso é que quero dominar esta arte. Um dia eu chego lá!
Chego onde as palavras fluem naturalmente e alcançam o exato lugar onde elas devem ancorar.
Quero escrever como um pintor. Quero coerência para terminar um texto e criar uma harmonia com novas cores. Quero ter uma linha de raciocínio coesa e que as pessoas se identifiquem. Que digam: É exatamente assim que eu penso!
Quero que a escrita seja rotina, que seja mania. Quem sabe, um vício!
Ainda não é um bom final, mas o que eu consigo escrever agora é que…
Escrever é uma dádiva que eu quero alcançar. Quero ser artista! (Porque eu gosto de finalizar com o começo.)
Foto: Laura Adai