O que Paulo Vieira, Daniel Kahneman e Amy Cuddy têm em comum?
O humorista Paulo Vieira um dia disse que o que a gente fala sobre nós mesmos, na realidade, não é de fato o que a gente é, mas sim o que a gente gostaria de ser, uma projeção daquilo que idealizamos.
No livro ‘Pensar Depressa e Devagar’, Daniel Kahneman diz que nós temos dois ‘eus’, um da experiência e outro da narrativa.
Como o da narrativa tem de organizar todas experiências e as memórias são todas embaralhadas, ele tenta pegar os pontos mais importantes e entregar algo que tenha sentido lógico. E mais, ele tenta buscar uma coerência a partir dessas vivências.
Na sua palestra TEDx, Amy Cuddy defende a famosa ideia: Finja até você ser.
E isso não tem nada a ver com coaches ou vendedores de cursos do tipo ‘Enriqueça começando com 100 reais’.
É sobre assumir o que você quer ser, criar a sua narrativa, a sua postura, criar a melhor história de si mesmo. Até a sua projeção se tornar real.
Tentamos ser sempre coerentes a partir do que já foi vivido, das escolhas que fizemos, mas nem sempre isso é tarefa fácil; nem sempre o que narramos é de fato quem conseguimos ser neste momento. Mas sempre vale a pena tentar.
Tentar a todo momento construir a nossa melhor versão. Que comece então pelas palavras e depois que elas se reflitam nos atos.
Finja e diga até ser.
Faça a sua declaração de identidade e cumpra todas as linhas.
Seja o roteirista e o personagem principal da sua peça. Decore o seu papel, faça o espetáculo!
E se tornará quem tanto quis um dia ser. Não pare! Seja grato pelo que se tornou. E crie novos personagens, novas versões. Faça um upgrade! Narre e seja o que quiser ser. E seja mais, muito mais, daquilo que um dia foi dito.