Sempre no limiar entre ser e conter, entre participar e me abster, entre me importar e ignorar. Lá estou.
O limiar é uma armadilha.
Faz-me parecer próxima ou distante demais. Faz com que eu pense muito, ou nada. E mais uma vez estou com o foco em outra direção.
Meus problemas carecem da minha atenção. E estou aqui avaliando se devo ser mais ou menos, se devo agir ou ignorar. Se permaneço ou fujo.
O limiar me aprisiona.
Vou atrás da coerência, mas parece ser tudo desconexo. Vejo-me mais uma vez sendo avaliada, por mim… por quem quer que seja.
Eu queria fugir, não me importar, ser mais que isso tudo.
Eu queria partir, fixar a mente naquilo que importa, concentrar-me, pensar mais.
Mas estou sempre naquele limite. Nas bobagens que não me levam a lugar algum, nas constantes dúvidas, nas distrações que me acalmam.
Eu tenho uma certeza.
Estou certa de que vou seguir. Só falta descobrir como e quando. O limiar vem comigo, de qualquer lugar que eu queira escapar.