Não me leve tão a sério. Eu também não me levo.
Sou uma pessoa equivocada demais para que se prenda a alguma fixa ideia minha.
Eu mesma não faço isso.
Sou só mais um na ilha tentando ver a ilha.
Não se incomode com a minha ignorância, incoerência ou distração.
Habituei-me a não ter certezas.
Quando tento ter razão, falho com maestria.
Quer dizer,
eu gosto um pouco de estar certa,
mas só na minoria dos casos,
eu acho.
Não sei.
Ok! Isso não invalida o fato de não me sentir mal em estar errada.
Porque para ver a ilha, eu precisaria sair da ilha.
Eu até acho divertido aquele pequeno instante entre eu estar defendendo fielmente um ‘fato’ e receber a resposta oposta do ChatGPT.
Mas eu também quero ser coerente. Já disse isso antes.
E o fato de eu ter dito que quero ser coerente, me obriga a arcar com o fardo da tentativa da coerência de novo, e de novo.
Isso nunca vai ter fim.
Mas aprendi que a melhor forma de buscar a coerência é me ‘armando’ desde cedo:
reconhecer o quão equivocada eu sou e o quanto eu posso estar errada já na largada.
“Não crie muitas expectativas sobre mim.”
Eu sou uma pessoa equivocada com uma mente confusa, tentando ser coerente na minha ilha particular, enquanto o tempo passa por mim.
E o tempo mesmo é que vai me ensinando a lidar com a ignorância, a buscar o novo e a me abrir para o diferente.
O tempo me ajuda a ter curiosidade e a buscar respostas.
Ele me mostra que estando errada, eu posso conhecer o certo, ou que pode haver muitos outros certos a conhecer.
O tempo vai me ensinando que todas as vezes que eu tentar olhar a ilha de fora, vou ver mais mar do que ilha.
É, talvez eu não seja tão equivocada assim,
só um pouco,
o suficiente,
quase nada.